Editora

A editora Periferias foi criada em 2019 como frente de comunicação do Instituto Maria e João Aleixo — organização da sociedade civil com sede na Maré, Rio de Janeiro, que atua com pesquisa, ensino e formação política. Nossa linha editorial foca na produção e divulgação de saberes das periferias do Brasil e mundo afora — na revista Periferias, em livros e cartilhas. Fomentam tradições, literaturas, filosofias, poesia, sabedorias e práticas, imagens e utopias das Periferias Globais, com foco nas pessoas e suas intersecções. Disso resultam as questões que articulamos em nossas produções: raça, gênero e sexualidade, etnia, territorialidade, educação pública, segurança pública, o enfrentamento a guerra às drogas, encarceramento em massa, assim como as questões cigana, da migração e do refúgio, entre outras.

Periferia lê periferias!

Publicações

Relatos da vida palestina sob estado de apartheid

Zukiswa Wanner

Em maio de 2023, a escritora sul-africana Zukiswa Wanner foi convidada para participar do PalFest, o Festival de Literatura da Palestina. Vindo de um país com um histórico de apartheid, ela poderia pressentir o que a esperava. Entretanto, suas experiências na Palestina Ocupada foram muito além. Já que pessoas palestinas nem  sempre são autorizadas a viajar pelos checkpoints, o PalFest levou Zukiswa e demais participantes a diferentes partes dos territórios Palestinos (os glorificados bantustões) para promover um envolvimento literário com o público local. Este é o testemunho de Zukiswa sobre o colonialismo contemporâneo dos assentamentos, o genocídio e um mundo condenado por se negar a escutar as reinvidicações para que uma Palestina livre, do rio ao mar, seja uma realidade de vida concreta.

Tradução : Jemima Alves

Edição: 1ª

Ano: 2023

ISBN: 9786587799216

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Capa Reafirmando direitos para as populações haitianas no Brasil

Reafirmando direitos para as populações haitianas no Brasil

Heloisa Melino e Ismane Desrosiers

Páginas:: 248

Edição: 1

Ano: 2023

As minas do slam: nova cena da poesia falada no Brasil

Várias Autoras

A antologia As minas do slam oferece um rico mosaico da cena poetry slam atual, convertendo-se em obra de referência e em caixa de ressonância para vozes que reposicionam a expressão da experiência fora do eixo Rio-São Paulo, e para além do universo que tradicionalmente constituiu a poesia brasileira. Com uma palavra que traz em si a potência da heterogeneidade, as slammers usam esse megafone que é o próprio corpo em performance para difundir no circuito de competições, no corpo das cidades e nas redes sociais uma nova discursividade posta em evidência na tentativa de anular poderes tradicionalmente detidos por grupos de privilégio. 

A coletânea As minas do slam conta com textos de vinte e duas poetas que integram essa rede de mais de 250 slams articulados em um amplo circuito nacional. Algumas das poetas já contam com livros publicados, mas em alguns casos apresentamos pela primeira vez a versão escrita e impressa de um poema com o qual o leitor já tinha tido contato através dos registros audiovisuais postados nas plataformas de compartilhamento de vídeos ou nas redes sociais.

Autoras:

Agnes Mariá, Bell Puã, Blenda Santos, Carol Dall Farra, Djully Bernardo, Jamille Santos, Jéssica Campos, King Abraba, Laura Conceição, Liz Silva, Luiza Romão, Luz Ribeiro, MC Martina, Meimei Bastos, Midria, Natália Pinheiro, Negabi, NegaFya, Pacha Ana, Tawane Theodoro, Valentine, Virginia Oliveira. 

Organizadores:

Ary Pimentel, Fabiana Souza, Mariana Costa (orgs.)

Edição: 1ª

Ano: 2023

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Rio por inteiro: Reflexões sobre a cidade metropolitana

Henrique Silveira

Como fizemos a diferença para tecer a cidadania na metrópole do Rio de Janeiro? A luta pelo direito à cidade assume uma premissa singular quando é realizada por sujeitos que têm origem nas múltiplas periferias da metrópole fluminense. Henrique Silveira é de Imbariê — Caxias, Baixada Fluminense —: território em que seus moradores há gerações lutam por direitos na metrópole fluminense. A Casa Fluminense vem há dez anos construindo uma potente rede com organizações da sociedade civil, coletivos, movimentos e lideranças sociais comprometidos com a construção de uma metrópole mais justa no Rio por inteiro. Henrique é geógrafo e gestor público. Sua participação e liderança na Casa por dez anos anuncia estratégias e caminhos ao nos perguntarmos: como faremos a diferença para tecer a cidadania na metrópole do Rio nos próximos dez anos?

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Journal Periferias: Justice and rights in South-South migration

Vários Autores

Periferias 9, Justice and rights in South-South migration is being launched during the MIDEQ Hub International Symposium in the city of Rio de Janeiro.  Migration between countries in the Global South —  a term which brings together countries mostly in non-hegemonic positions in the world economic and politics system — is one of the most present and, paradoxically, most unseen, phenomenon of today. In effect, migration narratives are still dominated by the representations, interests, and logic of the Global North.

Within this context, holding an event of this scale in Rio de Janeiro carries two distinctive aspects with a strong symbolic and material weight: the first is the fact that UNIperiferias is hosting the MIDEQ Symposium — a think tank arising in the favela, and founded by peripheral intellectuals and activists. The second major aspect that marks the event is that it effectively contributes to strengthening an innovative and powerful network of researchers and activists from various peripheral countries. This network is dedicated to the construction of new epistemological, ethical, and political references, to address the migratory issue, which surpasses colonial, Eurocentric, and hegemonic logic. Since we believe it is the only way we will achieve the central objective that underpins our journey: effectively improving migrant communities’ living conditions and expanding the possibilities of building a full humanity by overcoming the various forms of violence which are still present, dissolving national barriers, and celebrating new forms of living.

Ano: 2023

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Revista Periferias: justiça e direitos nas migrações sul-sul

Vários autores

Periferias 9, Justiça e direitos na migração Sul-Sul, é lançada durante o Simpósio Internacional do MIDEQ Hub na cidade do Rio de Janeiro.  A migração entre os países do chamado Sul Global — denominação que reúne os países em posições não hegemônicas, em geral, no sistema econômico e político mundial — é um dos fenômenos mais presentes e, paradoxalmente, mais invisibilizados do contemporâneo. Com efeito, as narrativas sobre migração são hegemonizadas ainda pelas representações, interesses e lógicas do Norte Global. 

Neste quadro, realizar um evento desta magnitude no Rio de Janeiro carrega dois aspectos singulares e com forte carga simbólica e material: o primeiro é o fato de o Simpósio do MIDEQ ter como anfitriã a Uniperiferias — um think tank oriundo da favela e fundado por intelectuais e ativistas periféricos. O segundo grande aspecto que marca o evento é o fato de ele contribuir de forma efetiva para fortalecer uma rede inovadora e potente de pesquisadores e ativistas de diferentes países periféricos. Essa rede está dedicada à construção de novas referências epistemológicas, éticas e políticas no tratamento da questão migratória, que superem as lógicas coloniais e eurocêntricas ainda hegemônicas. Isso porque acreditamos que apenas deste modo poderemos atingir o objetivo central que sustenta nossa caminhada: melhorar de forma efetiva as condições de vida das comunidades migrantes e ampliar as possibilidades de construção de uma humanidade plena, que supere as diversas formas de violência ainda presentes, para quem as barreiras nacionais sejam dissolvidas; que possamos celebrar novas formas de viver.

Ano: 2023

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Pessoas LGBTI+ em privação de liberdade no Brasil

Pessoas LGBTI+ em privação de liberdade: um estudo exploratório faz parte de uma construção promovida pela Universidade de Dundee cuja motivação é conhecer as trajetórias de pessoas que vivenciaram a privação de liberdade, em sua vida antes, durante e após o cárcere, tanto no Brasil quanto no Reino Unido e na Índia. Essa iniciativa promoveu também o Seminário Internacional "LGBTI+ em Privação de Liberdade", que, em julho de 2019, reuniu as organizações integrantes do projeto nos três países e parceiros com atuação relevante na temática na Maré, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Os diálogos e articulações que se desdobraram a partir desse seminário possibilitaram a realização das entrevistas da pesquisa no Brasil durante o período inicial da pandemia de Covid-19, apesar dos desafios impostos pelo contexto. 

No quadro teórico do estudo, a equipe de pesquisa argumenta que a LGBTfobia é uma forma sistemática de apagar e tentar normatizar identidades e expressões de gênero, assim como orientações sexuais, por meio da naturalização, reprodução e reforço da cisgeneridade e da heterossexualidade, ambas fundamentadas em papéis de gênero binários. Essa sustentação se baseia no estudo da materialidade real-social-política em diálogo com diferentes autoras e autores que refletem sobre sistemas de sexo-gênero, classe social, interseccionalidade, desumanização, raça/etnia, colonialidade do poder, do saber e do ser. Demonstra-se que o estigma e desvalorização de corpos e vidas de pessoas LGBTI+ é fruto de processos históricos, que envolveram a perseguição de mulheres e de povos pagãos pelas classes hegemônicas europeias e a invenção da raça como categoria de hierarquização social ao longo dos processos de colonização das Américas e do mundo. 

No contexto brasileiro, o estudo demonstra que a organização social que coloca vidas LGBTI+ como precarizadas e matáveis também interseccionaliza os elementos de divergência da cis-heteronormatividade com a raça, classe social e território de origem. Tendo em vista essa interconexão, nota-se que as pessoas LGBTI+ a quem o Estado mais persegue são os homens trans, as mulheres trans e travestis, as lésbicas não-feminilizadas, os gays não-masculinizados, principalmente quando são negros e quando moram em favelas e periferias. 

A violência da cis-heteronormatividade compulsória entra nessa equação por meio, principalmente, da violência institucional, que é agravada pela rejeição e abandono familiar de que, muitas vezes, pessoas LGBTI+ são alvo. 

Não podendo buscar a proteção do Estado e, muitas vezes, sem famílias sanguíneas a quem recorrer, as pessoas LGBTI+ que entrevistamos relataram que suas possibilidades de vida são ampliadas a partir do apoio entre seus pares, dos Mecanismos Estaduais e Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, de organizações da sociedade civil e, eventualmente, da religiosidade. Esses pilares de sustentação mostram-se necessários para a redução de violências cotidianas e para o encontro e potencialização desses sujeitos, tanto durante quanto após o cárcere.

Assim, histórias de enfrentamento e solidariedade ganham destaque no Relatório, especialmente valorizando trajetórias e buscando ampliar a visibilidade do importante e urgente trabalho realizado pelas organizações com quem as pesquisadoras e o pesquisador conversaram.

Páginas:: 125

Edição: 1ª

Ano: 2022

ISBN: 978-65-87799-20-9

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Andora

Jair de Sousa e Silva

Andora é o romance de estreia de Jair, uma narrativa que tem como referência um avô que ele nunca conheceu e rende homenagem à avó materna, Andora, uma mulher negra do interior do Rio Grande do Norte. Jair ficcionaliza a história de sua família, apresenta uma narrativa criativa, potente e sensível.

Para aguçar a curiosidade de você, segue o texto da quarta capa do livro, que enreda personagens, história familiar, trânsito e ancestralidade.

“Jorge Miguel jamais imaginou que teria esse tipo de problema no Rio de Janeiro. Ele não premeditou, apenas se deixou tomar pelo desejo e sabe que Andora também vai pagar um preço muito alto pelo ocorrido entre eles. E se culpou. A notícia caiu como uma bomba quando chegou ao conhecimento dos pais católicos fervorosos que eram os seus. Acharam que aquilo era um castigo divino por terem deixado o filho viajar para a capital, que eles achavam que era uma cidade cheia de tentações, bem diferente da sua pequena Santana do Livramento."

Edição: 1ª

Ano: 2023

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Dona Zica:

a caminhada de uma mulher de fé, revolucionária, negra e favelada

Edição: 1ª

Ano: 2023

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A vingança dos 7 mares

Luis Lomenha

Edição: 1ª

Ano: 2023

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Revista Periferias – Encruzilhadas do futuro

Ano: 2022

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Wesley Teixeira: negro, evangélico e de esquerda

“Qualquer possibilidade de transformação real do país vai passar pelos movimentos no Rio de Janeiro, principalmente o movimento negro, o movimento de mulheres, movimento de favelas e da sociedade civil organizada. Da juventude”. Pedro Abramovay

Edição: 1ª

Ano: 2022

ISBN: 9786587799186

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Seja Democracia – formar, organizar e agir

A periferia tem projetos de radicalização da democracia. Esta é a afirmação que orienta todo esforço de construção de  Seja Democracia  — um chamado para a formação política de todas as pessoas que buscam, a partir da compreensão da realidade brasileira, meios pragmáticos de defesa da democracia em nosso país. Ser democracia implica, antes de tudo, identificar os projetos de sociedade produzidos pela periferia e, com eles, orientar nossas energias para formar, organizar e agir pela radicalização da democracia brasileira

 

Ano: 2022

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Fogo nas Encruzilhadas

Rodrigo Santos

Após desvendar assassinatos em centros de Umbanda e terreiros de Candomblé, o detetive Ramiro enfrenta o caso mais complicado de sua carreira: um impiedoso serial killer que ateia fogo em pessoas em situação de rua, na cidade de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Uma dívida antiga faz com que Ramiro ganhe um novo amigo, que o ajudará na caçada ao assassino.

Como se não bastasse toda a vulnerabilidade social, agora estavam expostas a um psicopata. Tratadas como descartáveis, como seres humanos de segunda categoria, suas mortes não causavam tanta comoção. Poderiam continuar sendo ignoradas, se não fosse o fato de estarem sendo queimadas à vista de todos.

Rodrigo Santos revitalizou a ficção policial com seu livro “Macumba”, numa trama sedutora que traz um retrato das periferias brasileiras com forte presença das religiosidades afro-ameríndias. Agora, o autor nos apresenta uma nova e eletrizante aventura de seu detetive Ramiro, um cristão que vê mais uma vez o seu caminho atravessado por forças que fogem à sua compreensão, desta vez na defesa da camada mais invisível da sociedade: pessoas em situação de rua, desprovidas de sua cidadania e agora expostas à mente perversa de um assassino.

 

Páginas:: 184

Edição: 1ª

Ano: 2022

ISBN: 9786587799162

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Escrevivendo diálogos com a escola pública:

por um projeto de educação antirracista e democrática

Ano: 2022

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Eu, você e os orixás

Joaquim Azevedo

Eu, você e os orixás é um livro fruto da experiência formativa e religiosa, na Umbanda e no Candomblé, em casas no Rio de Janeiro e na Bahia, do Babalorixá Joaquim Azevedo. Com fundamentos ancestrais do panteão africano de tradição Iorubá, cantos e tradições, cantos, ritos e preceitos litúrgicos, banho de ervas e oferendas se conjugam às experiências de Pai Joaquim com orixás, entidades, espíritos e sincretismo, em meio a relatos de vida de pessoas que marcaram essa trajetória de tempo, aprendizado e compartilhamento. O livro é uma reafirmação do direito ao culto religioso de matriz africana, contra toda desinformação e preconceito étnico e religioso que acomete a essas religiões, inclusive nas periferias e favelas do país.

Páginas:: 144

Edição: 1ª

Ano: 2021

ISBN: 9786587799070

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Ejo e outros contos

Beata Umubyeyi Mairesse

Ruanda pode até ser conhecida, ou apenas lembrada, pelo genocídio tutsi de 1994. Mas em Ejo e Lézardes, coletâneas de contos de Beata Umubyiei Mairesse, é na multiplicidade dos destinos, das falhas e feridas, mas também das cicatrizes, que se manifestam as narrativas de personagens que foram vítimas, mas que são, acima de tudo, sujeitos da sobrevivência. Sobre a estrutura craquelada de racismo e colonialismo que se vislumbra, entre outras coisas, na aparentemente cega resignação ruandesa ao catolicismo, erguem-se novas e diversas estratégias de superação de vida, onde mais forte é a cumplicidade, intimidade e respeito feminino e fraternal em que se reconhecem, no trauma e na trama, os viventes do exílio e da terra natal. Essas trajetórias se cruzam para constituir narrativas coletivas que ressignificam, ou não, o Ejo do ontem-amanhã, ou as fissuras pelas quais em Lézardes as personagens se encontram, entre os contos, na colina, na cidade, no lago ou no campo, em Kigali ou Butare, nas fronteiras entre o Zaire (Congo), Uganda, Burundi, ou mesmo na França, Bélgica, Canadá ou EUA.

 

Páginas:: 284

Edição: 1ª

Ano: 2021

ISBN: 9786587799032

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Ówe

demarcando identidades, suleando novos olhares educacionais

ÓWE demarcando identidades, suleando novos olhares educacionais é um livro de Pesquisadoras da Educação básica, grupo de pesquisa em educação nas escolas públicas do Instituto Maria e João Aleixo, com apoio do Instituto Unibanco. O livro discute a centralidade que tem o fomento, a coleta e a pesquisa de dados educacionais raciais para as escolas públicas brasileiras.

organização Ana Beatriz da Silva
ilustrações Cauã Bertoldo

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Páginas:: 74

Ano: 2021

ISBN: 978-65-87799-02-5

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Mestre das Periferias

Ailton Krenak | Conceição Evaristo | Nêgo Bispo | Marielle Franco (in memoriam)

Mestre das Periferias é uma homenagem da UNIperiferias | Instituto Maria e João Aleixo às pessoas que são Mestras a partir de outros territórios, olhares e paradigmas. São pessoas Mestras pelos saberes orgânicos e resolutivos do cotidiano do ensino, aprendizagem, troca, solidariedade e coletividade — práticas tão fortemente presentes e difundidas nas favelas, aldeias indígenas e quilombos. Ailton Krenak, Conceição Evaristo, Antônio Nêgo Bispo e Marielle Franco (in memoriam) foram as primeiras pessoas homenageadas e premiadas por Mestre das Periferias, em cerimônia realizada no Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro, em agosto de 2018. O encontro entre Krenak, Conceição e Nêgo Bispo é inédito e, registrado neste livro, aconteceu nos bastidores e aquecimento da premiação. Em sua segunda parte, o livro traz entrevistas individuais com Ailton Krenak e Conceição Evaristo, acompanhadas de aula proferida por Nêgo Bispo no Curso Significações das Periferias (2019), e texto em memória e homenagem a Marielle Franco: uma flor que rompe o asfalto!

Páginas:: 196

Edição: 1ª

Ano: 2021

ISBN: 9786587799063

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Macaé Evaristo: uma força negra na cena pública

O livro apresenta uma “biografia analítica” de Macaé Evaristo, uma das principais pensadoras e gestoras públicas da educação brasileira. Mais do que uma narrativa bibliográfica tradicional, o livro apresenta, a partir de uma narrativa em primeira pessoa secundada pelas vozes de importantes pensadores/as e ativistas do Brasil, como esta fundamental liderança negra mineira foi se constituindo como pessoa, como gestora e como ativista social desde seu nascimento em São Gonçalo do Pará, seu estabelecimento em Belo Horizonte e seu trabalho sócio-político-educacional em todo o país.

Como é sabido, ocupa destaque quase absoluto na memória institucional brasileira as experiências de ação política efetivadas por pessoas brancas e oriundas dos setores dominantes ou médios. Sucessivos trabalhos narraram essas trajetórias e proposições. Do mesmo modo que os/as personagens escolhidas, os perfis dos sujeitos responsáveis por essas obras nos mostram uma simetria entre as forças dominantes brasileiras e aquelas que lhe fizeram oposição, quais sejam: majoritariamente pessoas brancas, com poder econômico, em sua maioria do sexo masculino e heteronormativas. A razão fundamental, talvez, é que a redemocratização brasileira é um processo ainda em curso, e são profundos os seus limites, já que não mexeu, de forma profunda, com os arranjos de poder, as expressões conservadoras que limitam os direitos individuais, as estruturas econômicas e, tampouco, as políticas que sustentam a desigualdade. 

Logo, cabe superar a lacuna que é a falta de visibilidade das trajetórias de um imenso e plural conjunto de pessoas não brancas que atuaram e atuam para constituir a democracia nesse país tão desigual. A biografia analítica de Macaé Evaristo, portanto, é uma contribuição no preenchimento da lacuna assinalada. Ela tem como eixo a descrição e a análise da caminhada sociopolítica de uma mulher que pode ser definida a partir de cinco elementos básicos: origem numa pequena cidade do interior de Minas Gerais, negra, mãe, ativista e gestora pública da educação. Ela se constituiu nesses lugares a partir de uma visão radicalmente engajada, com consciência de origem/classe, cor e gênero. Essa crença e sua forma de agir a transformam num ser social que vai para além de si mesma, que deve ser celebrada, saudada e cada vez mais visibilizada para as atuais gerações e as seguintes. Assim como outras grandes personagens sociais e culturais das periferias de nossas cidades brasileiras.

Ano: 2020

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A Favela reinventa a cidade

Jailson de Souza e Silva | Jorge Barbosa | Mário Pires Simão

A Favela reinventa a cidade, volume 2 de Favela: alegria e dor na cidade (2005), apresenta, com vigor renovado, sua agenda de novo projeto para a  cidade do Rio de Janeiro – democrático e fraterno e em que a favela se conjuga como máxima expressão de resistência, pluralidade, potência inventiva e de singular dinâmica na cidade a partir da dimensão humana.  Avança em elaborações que pensam a cidade a partir da favela, encorajando-nos a desafiar olhares e discursos hegemônicos, os quais concebem a favela como resíduo do processo de urbanização e, as pessoas faveladas, a partir de um incisivo e proposital processo de "monstrualização", privando-as das dignas condições de se viver a cidade. Subsidiado por estudos, pesquisa e, sobretudo, experiências e vivências de seus autores, o desafio fundamental proposto é o da afirmação das diferenças a do reconhecimento da condição de direitos das pessoas faveladas, como elemento central para o pleno exercício de direitos e reinvenção da cidade.

Ano: 2020

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Capa Pesquisadoras da educação básica

Pesquisadoras da educação básica

germinando ações e saberes nas escolas públicas periféricas

Pesquisadoras da Educação Básica: germinando Ações e Saberes nas Escolas Públicas Periféricas é o resultado de pesquisas realizadas nas escolas públicas periféricas da região metropolitana do Rio de Janeiro, a partir de potentes práticas pedagógicas de professoras/es negras, com foco racial e/ou de gênero. Apresenta uma rica e sistematizada experiência de produções textuais de conhecimentos outros, por meio de narrativas formativas antirracistas e anti-homofóbicas, elementos de potência da escola pública periférica. As pesquisas são  resultado da 2º edição do Edital Pesquisadoras da Educação Básica nas Periferias, realizado pelo Instituto Maria e João Aleixo em parceria com o Instituto Unibanco. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento pleno das/os estudantes nas redes públicas de ensino, assim como para a melhoria dos resultados de aprendizagens. O livro apresenta seis potentes pedagogias que promovem a autonomia dos estudantes e a desconstrução de estigmas de raça e gênero, e faz parte de uma estratégia fundamental de reconhecer a potência da escola pública e seus sujeitos, fortalecer e visibilizar essa potência e criar mecanismos pedagógicos baseados em estudos, novas metodologias, novas formas de articulações institucionais e redes pedagógicas que permitam superar o machismo, o sexismo e racismo dentro do espaço da escola pública.

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Ano: 2020

Periferias sob vigilância e controle

Aiala Colares Couto

O  “olhar geográfico” da obra de Aiala Colares lança luz às estratégias de ação que estruturam narcotráfico e milícia nas periferias de Belém, explorando suas formas de dominação e redefinição nos territórios. Adquirem sentido global, nas várias escalas espaciais decorrentes de seu domínio territorial, desvendando a lógica de atuação do narcotráfico e de suas redes e fluxos  que criam estruturas de poder que conectam o local e o global nas relações transnacionais do comércio de drogas ilícitas, de forma a utilizar das cidades  e periferias como suas bases operacionais, territorializando-se e articulando-se em facções ou comandos do crime organizado, os quais controlam as principais rotas de interesse do circuito espacial de distribuição de drogas. Milícias em Belém, recente fenômeno da dominação por parte dos grupos civis armados da cidade, com características similares às das milícias do Rio de Janeiro, entrecruzam-se com narcotráfico, acentuando disputas e violências contra moradores das periferias. Sujeitos a essas violências e, ainda, às diversas formas de violência do Estado, a periferia reinventa sua forma de resistir e criar alternativas para o desenvolvimento territorial e comunitário, como nos revela Aiala.

Ano: 2020

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Capa Potência das Periferias

Potência das Periferias

Cleber Ribeiro (org.)

Potência das Periferias reune pesquisas realizadas em 2019 pela UNIperiferias. Sistematizaram estratégias, metodologias e/ou políticas que realçam a capacidade inventiva, intelectual e produtiva de sujeitos e territórios periféricos, ajudando-nos a reconhecer o quanto a educação e processos formativos formais podem se inspirar e aprender com essas vivências. Quatro pesquisas foram realizadas em quatro diferentes territórios. Na Casa de Candomblé Ilê Ase Ogun Ida Wure em Uberlândia, Minas Gerais; Na comunidade do Coque em Recife, Pernambuco; em Belém do Pará, e no bairro do Curuzu em Salvador, Bahia. Cada pesquisa contou com um pesquisador proponente e quatro pesquisadores iniciantes que, ao longo de seis meses em um percurso investigativo e de formação, desenvolveram metodologias e se aprofundaram em seus temas de pesquisa. Com essa abordagem a UNIperiferias buscou avançar na apreensão desses territórios e seus sujeitos para aprender com os potentes mecanismos de enfrentamento aos desafios de nossa sociedade, contidos nesses modos de vida periféricos.

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Ano: 2020

Macumba

Rodrigo Santos

A ousadia de Rodrigo Santos dá frescor à ficção policial numa trama sedutora que traz um retrato das periferias brasileiras com forte presença das religiosidades afro-ameríndias. Com originalidade, ele incorpora às narrativas contemporâneas a mitologia e o complexo de crenças, a visão de mundo herdada da África. Macumba foi editado originalmente em 2016, esgotou em poucos meses e carecia de uma nova edição. Nele, Rodrigo Santos conta a história de Akèdjè e Ramiro — o primeiro, líder espiritual africano num passado distante; o segundo, um detetive da Polícia Civil no presente. Akèdjè era, em seu tempo, importante baba do povo Ketu, que originou, no Brasil, uma das nações do Candomblé. Ramiro, por sua vez, aparece no romance como policial, evangélico, competente e circunspecto. Histórias de ontem e de hoje se sucedem a cada capítulo, mediadas por personagens, acontecimentos e o suspense envolvente da trama.

Páginas:: 288

Edição: 2ª

Ano: 2019

ISBN: 9788565679978

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Capa A poesia falada invade a cena em Sobral

A poesia falada invade a cena em Sobral

Treze poetas do contemporâneo. Treze slammers da periferia da periferia do capitalismo. A voz dos subalternizados rompendo, através da poesia falada, os silêncios escandalosos do nosso campo literário e problematizando ausências que tanto dizem de estruturas sociais historicamente marcadas pela dominação de todos os que experimentam uma identidade coletiva marginalizada e estigmatizada. Agora, elas e eles invadem a cena. Jovens. Mulheres. Negros. Feministas. Sujeitos não  binários. Trans. Bichas. Sujeitos poéticos, enfim. Independentemente do recorte identitário, seres que lançam seus gritos a partir dos potentes microfones recém-conquistados na cena Poetry Slam. Poesia falada para todas, todos, todes.

Ano: 2019

Capa Clíris: Poemas recolhidos

Clíris: Poemas recolhidos

Carolina Maria de Jesus

Nova edição dos poemas de Carolina Maria de Jesus, recuperando o título e o prólogo escrito por ela, que traz vários poemas omitidos ou que aparecem modificados na seleção realizada para a publicação da Antologia pessoal, cabendo destacar entre eles os poemas “Negros” e “Os feijões”, nos quais se aborda de modo direto a problemática do racismo no Brasil. Embora alguns dos 54 poemas reunidos nesse volume tenham aparecido originalmente na Antologia pessoal (1996), organizada por José Carlos Sebe Bom Meihy e publicada pela Editora UFRJ, os textos recolhidos aqui trazem outros 21 deixados por Carolina que não constituem o livro de 1996. Outra novidade dessa edição de Clíris é a publicação das 12 canções compostas por Carolina para Quarto de Despejo – Carolina Maria de Jesus cantando suas composições, álbum de música popular lançado pela RCA Victor em 1961. O teor crítico latente em muitas das composições publicadas agora em Clíris pode ajudar a forjar uma nova imagem da escritora como uma mulher negra emblemática que fez importantes incursões no campo literário, construindo uma verdadeira “poética dos resíduos”. Nessa produção ecoa a voz desafiadora de uma Carolina que não se furta a frequentar (de modo questionador) temáticas incômodas para a sociedade patriarcal, machista e racista dos “predominadores”.

Ano: 2019

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