Periferias Convida

periferias 2 | democracia e periferia

Agência Narra

| Brasil |

Por dentro da NARRA

 Negros (pretos e pardos) representam quase 40% dos estudantes dos cursos de jornalismo do Brasil. É o que aponta um levantamento da Diversa, com base no Censo da Educação Superior de 2016. Amarelos não chegam a 2% e índios a 1%. Se o funil da diversidade já é estreito para ingressar na faculdade, na redação ele aperta ainda mais. A proporção de brancos, que é de 60% na graduação, ultrapassa 70% nas redações, enquanto a de negros cai quase pela metade — pouco mais de 20%. Amarelos e indígenas mantêm a proporção de cerca de 1%. e E é justamente para contrapor essa realidade que a NARRA surgiu.

Somos uma agência escola de jornalismo, cuja primeira turma é formada por um grupo de onze jovens majoritariamente negro e feminino. Atravessamos a Região Metropolitana, da Baixada à Niterói, passando pelas favelas e subúrbios do Rio de Janeiro, em direção à Maré.

Nos encontramos para construir um sonho comum: a de uma comunicação mais diversa e responsável, pautada em personagens plurais, na qual nossa existência não esteja à margem, mas no centro da produção de conteúdos que estimulem o pensamento crítico, a autoestima e o debate mais profundo sobre direitos fundamentais.

A NARRA é resultado da Agência de Narrativas de Periferias, um projeto do Observatório de Favelas com um ano de duração. A metodologia tem sido  desenvolvida de forma colaborativa pelo data_labe em parceria com a Escola de Jornalismo da Énois e com patrocínio da Ford Foundation.

Em nossa primeira reportagem, buscamos entender quem é a nova geração de crianças da favela e como elas constroem suas identidades. Conversamos com psicólogas, pedagogas, professoras, mães e, claro, crianças, para entender a importância do debate racial em suas vidas, sobretudo após 15 anos da Lei Federal 10.639/2003, que determina o ensino obrigatório da cultura afro-brasileira na grade escolar.

Atualmente, temos entrevistado adolescentes internos e egressos do sistema socieducativo do Estado do Rio, a fim de investigar as políticas públicas oferecidas pelo governo. A ideia é relativizar as ideias correntes sobre as medidas e situações vividas pelos jovens a partir de uma perspectiva ampla, ancorada em dados e histórias de vida.

Acompanhem nosso trabalho em https://medium.com/agência-narra e nas redes sociais (@agencianarra).


 

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